Poema- O cego sem guia - Autor- Marcos Müzel
Na ocasião, no metrô Sé, Estação!
Um idoso não seria o vilão!
De antemão, me deparei com uma cena inusitada! Uma tremenda confusão!
Um idoso na contramão, tentava guiar um cego no escadão!
Na cidade de concreto, procurar alguém com afeto seria quase incorreto!
Mas o idoso se atreveu, e desceu!
Guiando o cego,ele pensa que estava no seu apogeu!
Não entendeu o idoso, que apesar do gesto bondoso, tal atitude lhe seria dolorosa!
De repente me deparei com um som estridente!
O cego que não via, mas sentia gritaria com rebeldia!
Aí! Aí!Aí! Aí! Você acabou com meu dia!
Os dois rolaram escada a baixo com muita agonia!
O idoso não merecia tamanha, apatia!
Quase covardia, culpar o idoso, por um incidente tão doloroso!
Na confusão, não sabendo quem merecia!
Se eu devia ajudar o idoso bondoso ou o cego que não merecia! Por tamanha falta de empatia!
Todavia, primeiro para o cego sem noção!
E depois para o idoso generoso!
O cego que não via, não viu o idoso desaparecer!
Sumiu na multidão, não sem razão!
Nessa selva de concreto, seria quase incorreto pensar em empatia, seria quase, uma ilusão!
Quanto ao idoso bondoso? Apenas um, com coração na multidão!
(Marcos Müzel 12/11/2024)
Comentários
Postar um comentário